31 julho 2005

DESABAFO


Renoir, Jules le Coeur et ses chiens dans la forêt de Fontainebleau, 1866 (MASP, São Paulo)


I – O Início
Além-mar quebrou-se a onda
contra a rocha.
Ah espuma branca!
Volta à vida tua
mas deixa ao menos o ruído
que ouvi outrora ao meu lado.

II – O Passado
Mergulharia até o mais profundo
e atravessaria o mundo
pra te encontrar.
Não choras, mas eu choro.
Não queres, mas eu quero.
Ah Espuma branca!
Dissipaste na imensidão
e avivaste minha solidão.

III – O Presente
Espuma branca que trouxeste glória.
Que bom que agora
já não és mais que história!

IV – O Início
...



© 2005

6 comments:

At 3/8/05 20:37, Blogger Elaine Lemos

Vou ajudar, já que ninguém comenta...

Li várias vezes. Acho que agora entendi um pouquinho. Espero...

O que me conforta hoje é a consciência de que amanhã rirei de tudo isso...

 
At 3/8/05 22:19, Blogger Daniel

Espero também rir amanhã.
Só existem realmente duas opções: sorrir ou morrer de desgosto.

 
At 29/8/05 17:58, Anonymous Anônimo

Sempre q eu posso eu tb comento! rsss...
Rir, talvez sim, talvez, n, mais se arrepender jamais.
Bjs,
Bianca.

 
At 14/10/05 19:25, Blogger SV

Daniel, escreves com ritmo e sentimento. Tudo a ver com madredeus, saudades e nostalgia.

Parabéns e continue postando.

Vou criar um link no meu blog para o teu.

 
At 3/11/05 00:02, Blogger SV

Seria difícil não escrevermos com semelhança, dados tantos gostos em comum.

Volte sempre e não deixe de publicar mais poemas. Teus fãs, como eu, sentem falta.

Abraços líricos!

 
At 3/11/05 21:15, Blogger SV

Daniel, olha nós em coincid~encias de novo.
Esse poema que comentaste (insólio instante) foi feito ouvindo Madredeus.

Capturaste a essência dele: saudade.

 

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