27 março 2005

SANGUE E ÁGUA

Não para a chuva constante
que lava a dopamina efervescente
e reverbera o impulso flamante
do coração quente, oh dura semente
que plantou um enigma doravante,
na larga existência temente
de um corpo inflamado e previsível semblante
que não mente, só sente em volta e à frente
a igualdade e a consciência farsante,
embora esteja sempre presente
o desejo de ter para si o ego pulsante
graças à magia da velocidade crescente
em que corre o sangue durante
a chuva constante.


© 2005

1 comments:

At 4/4/05 18:05, Anonymous Anônimo

Este eu já tinha lido também.. heheh.. hiperlegal, superbacana... enfim, características típicas dos seus textos..
Abraços
LD

 

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